19 março, 2010

SERRADA DAS VELHAS

Para recordar e manter o espírito da alegria e companheirimo, as mulheres das "Fragas" puseram mãos à obra e animaram o dia da "Serrada das Velhas".

Ângela - Maria Arminda - Alice - Gracinda - Cacilda - Fernanda - Henriqueta

Carlos (a motorista)

As mulheres de Santo António de Monforte cumpriram a já secular tradição e saíram à rua para recordar a “Serrada das Velhas”. Depois de um pequeno desfile pela aldeia num “carro alegórico”, foi servido um verdadeiro repasto onde não faltou o folar e o vinho.
O chavão “A tradição já não é o que era” em nada se aplica à aldeia de Santo António de Monforte. Embora já não tenha a participação de toda a gente, algumas mulheres, as mais velhas, decidiram não deixar morrer uma tradição tão característica. Esta tradição consta de uma festa realizada no meio da Quaresma e tinha como público-alvo as avós mais novas da localidade. Esta festa era a única forma que as pessoas tinham de se divertirem no meio da Quaresma, era pois um motivo para se libertarem do peso da abstinência e do jejum. Diz-se que as mulheres mais velhas da aldeia fugiam dos seus maridos, para evitar que esses lhes serrassem as pernas, para que pudessem ficar com as mulheres mais novas.Então as avós enchiam as cestas de comida, pegavam num cobertor, num cajado e fugiam pelas traseiras da casa e encontravam-se todas num lugar previamente combinado. Esse lugar, denominado Fragão da Pitorca, onde se consta que antigamente havia um salão debaixo da terra, onde se divertiam as avós, chegando a passar lá a noite. Na passada tarde de 10 de Março, Santo António de Monforte viu desfilar algumas das suas mais velhas habitantes pela aldeia, num carro alegórico improvisado, decorado com as carnes típicas da região. Depois do desfile, as mulheres juntaram-se em convívio e amena cavaqueira, num largo da aldeia com o vinho, os pastéis de Chaves e o típico folar. (in Alto Tâmega Tv).




A animação foi à Escola Primária para que os miúdos visses "outros tempos"









1 comentário:

Dani disse...

E muito bom que as tradiçoes da aldeia nao desapareçam.